segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tudo Conectado

(por Leandro Fonseca)

Séc. XXI 2011 e andam falando por ai que o acesso ao fenômeno das comunicações mediadas por computadores (CMC) bate o recorde a cada ano trazendo novos usuários as redes sociais; Pesquisa realizada revela que o facebook possui mais de 500 milhões de usuários cerca de 7% da população mundial, até ai tudo bem, realmente é o grande boom do século XXI, mas em países de terceiro mundo como essa ascendência se da de fato?

Hora, o problema é sempre o mesmo, vira e mexe abordamos um tema ou outro e nos deparamos com aquilo que nos persegue “desigualdade econômica e social” sim! de fato esta tudo conectado...

Na década 40 o Brasil viveu a época do ouro das rádios a parir daí as informações se propagavam com mais facilidade, logo após na década de 70 os televisores tornam-se mais populares, no final da década de 90 a bola da vez foi a telefonia fixa e móvel, 21 anos depois vivemos o crescente acesso a internet.

Num país que habitam cerda de 192 milhões de pessoas possui aproximadamente 52 milhões de domicílios sendo 46 milhões de domicílios urbanos e seis milhões de domicílios rurais, aproximadamente 24% das residências possuem acesso a internet e 52% das residências mais ricas têm acesso à rede mundial de computadores, enquanto, nas mais pobres o percentual é de apenas 1,7%, parece que nessa conexão o número de “desconectados” pode ser bem maior do que podemos imaginar se comparados com a coréia do norte que possui cerca de 80% da população conectada, mas no Brasil a situação é inversa, são aproximadamente cerca de 60% de brasileiros sem acesso a internet.

Comecei a brincar com esse monte de números que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nos fornece e fiz o seguinte exercício, hora à discrepância pode ir mais além: 25 milhões de domicílios são inadequados para a moradia e ainda temos um déficit de 23 milhões de moradia, no meu singelo entendimento esse déficit de moradia como que num passe de mágicas aumentou de 23 para 48 milhões de habitações, portanto nosso déficit habitacional é quase igual ao número de habitação já construído.

Mas o que mais me deixou intrigado foi ler o PNL (Plano Nacional de Banda Larga) que tem como meta anunciada atingir 40 milhões de moradia com um investimento de 13,2 bilhões de reais até o ano de 2014, segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) são aproximadamente 12 milhões de residências com acesso a internet, 52 milhões de domicílios e um déficit de 48 milhões de moradias, segundo a PNL a meta é cobrir exatamente todas as residências brasileiras inclusive as 25 milhões de residências inadequadas para a moradia.

E a vida segue tudo conectado e muitos desconectados.

Fonte: http://rizzolot.wordpress.com/2010/05/11/telebras-meta-e-internet-rapida-e-barata-a-40-milhoes-de-domicilios/

WWW.ibge.gov.br

http://www.swissinfo.ch/por/ciencia_tecnologia/Facebook_ja_tem_mais_de_500_milhoes_de_usuarios.html?cid=18381066

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

RUAN MORAES (Palmito) É O VENCEDOR DO DESAFIO DE ENTERRADAS



É com muita felicidade que a CUFA-SC vem informar que nossa mobilização aqui na rede, com amigos, conhecidos, parceiros, etc... surtiu efeito!!!! Nosso garoto Ruan (Palmito) é o grande vencedor no desafio de enterradas através de nossas votações no globoesporte.com com mais de 6000 votos computados.
Hoje pela manhã já iniciaram os tramites para a sua viagem a Franca/SP onde vai representar o estado e a CUFA no jogo das estrelas.

Amanhã estará ao vivo no programa globo esporte. Assistam!!!!!!!!! Vamos prestigiar esse talento!!!!!!!
Desde já agradecemos imensamente todas as pessoas que votaram e que nos ajudaram a chegar ao objetivo...


Vida longa!!!

sábado, 22 de janeiro de 2011

ATLETA CUFA SC REPRESENTA O ESTADO NA FINAL DE ENTERRADAS DO NBB





O Catarinense, Ruan Moraes (Palmito) de 21 anos , a 3 anos é atleta da CUFA SC. Já participou das turnês do time Americano HARLEM GLOBETROTTERS, bicampeão de enterradas da LIIBRA ( Liga internacional de Basquete de Rua) Campeão brasileiro de enterradas. Nos concedeu uma entrevista exclusiva contando uma pouco da sua história e dificuldades que encontra em sua carreira.Dificuldades estas que ficaram marcadas, principalmente, pela falta de patrocínio existente no mundo do esporte. A falta de incentivo por parte de órgãos do governo, empresas, universidades, como nosso atleta mesmo relatou, se faz notória. È por isso que a CUFA SC continua fazendo a diferença e incentiva talentos como Ruan a seguir acreditando no seu sonho!

ENTREVISTA ATLETA CUFASC

CUFA SC - Desde de quando você joga basquete?

-Ruan Moraes - Eu tento desde os meus 10 anos de idade, mas me considero como um bom entendedor desde os 15 anos.

CUFA SC - Como você se envolveu com o basquete?

-Ruan Moraes - primeiramente fui por impulso, minha tia foi jogadora e eu acabei acompanhando treinos e fui pegando o gosto pela coisa, mas nunca imaginei que se tornaria uma paixão.

CUFA SC - Onde você aprendeu e quem te ajudou nessa jornada?

-Ruan Moraes - Comecei com times amadores, depois joguei em um time mirim de uma universidade, infanto/juvenil no time do figueirense, e hoje a 3 anos no time da CUFA de Santa Catarina.

CUFA SC - Você tem o incentivo da familia?

-Ruan Moraes - Total, metade dos cabelos brancos do meu pai são por minha causa, das vezes que eu ia de madrugada nas quadras pra ficar treinando arremessos, jogadas, e mesmo assim ele sempre me ajudou no que podia, em viagens, sempre ia assistir meus jogos, e sempre apoiando porque sabia que eu estava no lugar certo.

CUFA SC - Quantas horas você treina por dia? Você pratica alguma esporte além do basquete?

-Ruan Moraes - Cerca de 2 a 3 horas por dia, em 3 dias por semana, e não pratico nenhum outro esporte, a não ser aquele futebol semanal com os amigos, as corridas de kart indoor e uma vez ou outra me arrisco a jogar um vôlei.

CUFA SC - Quando foi seu primeiro campeonato...ganhou?

-Ruan Moraes - Foi em 2006, não lembro a colocação, mas valeu muito a experiência, foi meu primeiro campeonato de enterradas também, dali pra frente, foram só títulos.

CUFA SC - Gostaria de saber o que você sente vendo o esporte que pratica sendo valorizado?

-Ruan Moraes - É maravilhoso, sabendo que o esporte está sendo reconhecido positivamente, e que os olhos agora estão sendo mais voltados pra algo que é muito importante pra mim. É ótimo!

CUFA SC - Qual a diferença entre basquete de rua e indoor?

-Ruan Moraes - O basquete de rua é algo mais alegre, extravagante, divertido, onde a grande maioria das vezes não se existem regras propriamente ditas, o bom senso sempre fala mais alto. É arte, equilibro e criatividade. Já o Indoor, é muita técnica, jogadas treinadas, um foco maior em pontos e vitórias, acaba virando algo robótico.

CUFA SC - Quem são seus ídolos na rua?

-Ruan Moraes - Hot Sauce, The Professor, jogadores do time AND1 americano, jogadores de muita criatividade, arte e superação.

CUFA SC - Você é bicampeão de enterradas da LIIBRA etapa Santa Catarina.

Acha que é imbatível?

-Ruan Moraes - Imbatível? Não mesmo, pra eu ter esses títulos, eu tive que tira-los de alguém, mais cedo ou mais tarde, vai chegar a minha hora, mas eu sei que enquanto eu treinar muito e continuar batalhando como eu estou agora, esse próximo ganhador vai passar trabalho pra tira-los de mim.

CUFA SC - Quais suas perspectivas no basquete?

-Ruan Moraes - Um reconhecimento a mais por todo o trabalho e esforço, hoje o Brasil é o país do futebol, um pouco do vôlei, quem sabe chega a hora do nosso basquete fazer bonito e ser recebido de braços abertos pela população. Quero encontrar mais aros pendurados em postes, quadras de basquete nas praças, e não aquela típica trave de futebol que você encontra em qualquer lugar que olhe.

CUFA SC - Qual sua relação com a CUFA?

-Ruan Moraes - A CUFA pra mim é uma segunda família, onde os melhores amigos que tenho se reúnem como irmãos para fazer o que gostam, jogar o que amam, e sem querer nada em troca a não ser o reconhecimento das pessoas que nós tentamos ajudar. Mostrando o lado que as pessoas normalmente se negam a olhar.

CUFA SC - Que diferença a CUFA faz na sua vida?

-Ruan Moraes - Ela se preocupa comigo, as pessoas que organizam a CUFA, são presentes no meu dia-a-dia, sabem como eu sou, o que faço, e estão sempre apoiando meu trabalho, me incentivando nas dificuldades. A CUFA me mostra que eu posso ser um vencedor sempre.

CUFA SC - Qual a sua maior dificuldade na pratica do basquete?

-Ruan Moraes - Custo, são poucos os que você consegue ver que vivem do basquete. Não somos bem reconhecidos, não temos incentivo de órgãos do governo, de universidades ou de grandes empresas. Diferente de países onde você vê jogadores que são treinados desde os 8 anos de idade, onde PAGAM para você estudar nas melhores universidades e representá-las quando estiver bom o suficiente. O basquete americano, é o esporte que possui o maior numero de jogadores formados

CUFA SC - Você já viajou duas vezes com a turnê do HARLEM GLOBETROTTERS como foi participar deste show?

-Ruan Moraes - Sempre que me perguntam isso, eu conto a história do meu velho pai, que assistia quando criança ao desenho dos Harlem Globetrotters, sempre admirando a alegria deles, o esporte, a superação da sua história. E quando eu recebi a notícia que eu faria abertura do show dos Globetrotters, a primeira coisa que me veio a mente foi qual seria a reação do meu pai, ele vibrou muito mais do que eu, e demorou um pouco até cair a ficha, que eu estava junto com total certeza dos melhores do mundo, o sonho de todo e qualquer jogador de basquete do mundo, é um dia ser um dos Globetrotters, e eu estava o mais perto disso, é uma sensação que não tem como descrever, foi um orgulho imenso de mim mesmo, ser um desses jogadores honrados que participaram da abertura da turnê.

CUFA SC - Se você pudesse resumir em uma palavra o que sente quando esta na quadra?

-Ruan Moraes - Quando estou dentro das 4 linhas, tudo do lado de fora, fica do lado de fora, eu me transformo, supero minhas dores, cansaços, problemas pessoais, e fico ali, jogando até não aguentar mais.

CUFA SC - Você e mais dois atletas catarinenses ligados a CUFA-SC tiveram êxito recentemente... seria uma prova de que o estado esta ganhando espaço neste esporte?

-Ruan Moraes - Sem sombra de dúvidas, vendo hoje, que os melhores times do Brasil sempre foram dos estados de SP e RJ, e agora temos Joinville como um Vice-campeão nacional, e jogadores de rua, sendo destacados nas maiores redes de televisão, jornais, e sites do Brasil, é claro que o estado está se destacando.

CUFA SC - Qual a sua maior dificuldade na pratica do basquete?

-Ruan Moraes - Custo, são poucos os que você consegue ver que vivem do basquete. Não somos bem reconhecidos, não temos incentivo de órgãos do governo, de universidades ou de grandes empresas. Diferente de países onde você vê jogadores que são treinados desde os 8 anos de idade, onde PAGAM para você estudar nas melhores universidades e representá-las quando estiver bom o suficiente. O basquete americano, é o esporte que possui o maior número de jogadores formados em nível de 3º grau, tem jogadores engenheiros, advogados, físicos, agrônomos, que ganham através do esporte, o incentivo de serem grandes profissionais dentro e fora das quadras.

CUFA SC - São três finalistas.Se você vencer ira representar o estado ao vivo em cadeia nacional no jogo das estrela, qual a sensação?

-Ruan Moraes - Nervosismo, expectativa e ansiedade, é sempre como se fosse a primeira vez que você segura a bola no seu primeiro campeonato. As mãos e os pés suam, o batimento do coração aumenta, e não tento nem imaginar como vai ser a hora que eu ser chamado pra dentro da quadra, com o ginásio inteiro te aplaudindo e esperando pra ver o que você sabe fazer.

È os olhos da CUFA voltados para a competência e não para as falhas; para os recursos, não para as fraquezas e para as possibilidades, não para as limitações.

Mostra tua garra atleta!!!

Acesse o link abaixo e vote no nosso atleta!!! Orgulho da CUFA SC

http://globoesporte.globo.com/basquete/nbb/desafio-de-enterradas

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Democracia no comando da CUFA Brasil

Já está circulando por todo o país,o CONVITE para a cerimonia de transmissão de cargos na direcção da ONG CUFA Brasil - Central Única das Favelas do Brasil, especialmente agendada para o dia 16 de fevereiro de 2011, às 10h da manhã nas dependências do Teatro José de Alencar, Centro - Fortaleza - CE.

Os novos dirigentes da conceituada entidade, farão a sucessão do Presidente e Vice, de MV Bill (RJ) e Nega Gizza (RJ), para Preto Zezé (CE), e Karina Santiago (MT).

QUEM É QUEM

Presidente
FRANCISCO JOSÉ PEREIRA DE LIMA (PRETO ZEZÉ) é coordenador geral da CUFA Ceará, articulador nacional da CUFA Brasil, produtor cultural, educador, membro do Conselho Nacional de Juventude, idealizador dos projectos Se Liga: o Som do Hip-Hop(pela Universitária FM 107.9 junto ao grupo Comunidade da Rima desde 1999),Ronda Cultural (parceria com secretarias estaduais de Cultura e Segurança Pública, lançado em 03/abr/09), Selva de Pedra - a Fortaleza Noiada (seminário em nov/08, documentá rio [DVD] e livro...


Vice-presidente
KARINA SANTIAGO - Coordenadora de Projectos da Cufa Cuiabá; Produtora Executiva do Projecto Consciência hip Hop de 2006 à 2008; Produtora dos projectos Núcleo de projectos Maria, Maria: Núcleo que fomenta empreendimentos produzidos por mulheres em 2008; Produtora do Projecto Pixaim – Projecto de combate ao racismo e violência contra a mulher negra em 2007 e 2008; Produtora Executiva do projecto SERICUFA – Núcleo de empreendedorismo o de Geração de Emprego e Renda, através da silkagens de artes visuais; Co-Produção do Prêmio Unimed Receita de Cidadania de Responsabilidade Social em 2003. Participante do fórum de Economia Solidária da Baixada Cuiabana, Vice-presidente da CUFA Nacional.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Brasil 500 anos, CUFA 11 anos


O Brasil é um imenso e verdadeiro caldeirão cultural, político e social. Nossa história começa a tomar uma nova configuração da chamada miscigenação a partir dos anos 1.500 quando Pedro Álvares Cabral ao comando das frotas que se dirigiam as índias, esbarraram no que chamamos hoje de América do Sul, ocupadas por povos indígenas que aqui ainda resistem em poucos espaços isolados. É num contexto hostil que ao longo de 500 anos nossa história continua a ser construída, de um lado uns lutando por justiça social e de outro, lutadores pelo acumulo de riquezas por meio de exploração desordenada.

Foi exatamente há 500 anos que “três povos” configuraram nosso espaço nacional, os portugueses na corrida pela expansão territorial e comercial, os negros já dominados pelos europeus e os índios que lutaram bravamente para defender seu território. Nestes 500 anos muita coisa mudou; Passamos por regimes imperiais, ditatoriais e a chamada democracia, povos de todos os continentes hoje aqui construíram do Brasil seu território de paz e cidadania, árabes, japoneses, chineses, espanhóis, alemães, norte americanos, entre outros. Mas e os índios que aqui habitavam a mais de séculos? Sim! Ainda continuam lutando para manter um espaço saudável para se viver; Os trabalhadores operários do campo e da cidade que há oito anos elegeram um presidente condizente de sua condição social, as mulheres que hoje possuem direitos a votar e ser votada participando do processo político do país rompendo mais uma importante barreira do preconceito e elegendo a primeira mulher presidente da república. Aparentemente o país caminha para um novo tempo, um tempo de participação, distribuição de riquezas e de oportunidades. Oportunidades essas que só serão verdadeiras quando os negros assim como os índios ocuparem seus espaços de quem herdou apenas as dívidas das riquezas extraídas do solo brasileiro.

Nesse novo tempo as organizações de classe tem papel propulsor e fundamental na construção de uma nova era a era das oportunidades iguais; Onde: negros, índios e pobres possam a ter os mesmos direitos de acesso a saúde, educação, lazer, trabalho e renda justa.

A CUFA (Central Única das favelas) completa 11 anos de existência no ano de 2011, mas não apenas mais de uma década de existência, e sim mais de uma década disseminando oportunidades, preparando jovens negros e pobres dos 27 estados do território brasileiro que carregam até os dias de hoje as marcas desses mais de 500 anos de construção de uma nação. É exatamente essa ferramenta chamada CUFA (Central Única das Favelas) que a cada dia que passa ocupa espaços importantes na sociedade brasileira construindo suas próprias alternativas com um plantel invejável de jovens negros, que deixam de ser apenas jovens negros (invisíveis na sociedade brasileira) e passam a ser jovens negros intelectuais, lutadores e respeitados nos mais diversos núcleos políticos, empresariais e nas suas comunidades.

Vivemos sim um novo tempo, é neste tempo que em meados de fevereiro a CUFA promoverá seu VI Encontro Nacional, onde nestes dias, diversos jovens de diversos estados se encontraram numa discussão para apontar os rumos e as estratégias de uma organização que sempre esteve à frente de nosso tempo.

Nesta ocasião viveremos um processo de posse da nova presidência nacional da CUFA, onde teremos um dos mais fortes quadros da CUFA (Preto Zezé) que ao lado de sua vice-presidenta (Karina Santiago de Assis Avila) assumiram essa tarefa gigantesca que é dar continuidade e conduzir a CUFA para um novo patamar gerando ainda mais oportunidades e preparando um número maior de jovens a ter um espaço digno na sociedade brasileira.

Leandro Fonseca

Articulador de Relações Institucionais CUFA/SC